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quinta-feira, 2 de agosto de 2012
sábado, 21 de julho de 2012
a gente inventa
problemas, quando eles não existem. É que dói mais do que chorar o dia todo,
ser feito de sorrisos. Não sou feito de sorrisos. Eles são arremessados de
todos os lados contra mim, os vejo a me atingir, desvio, fujo, cubro-me, mas
muitos prendem-se às minhas roupas, como velcro. Ao meu redor vejo gente
admirando todos esses sorrisos, sem, ao menos, ver que minha boca não estampa
dente algum. São todos meus? São todos sinceros? Há motivo suficiente neles?
Estou sempre a procurar respostas, mesmo sabendo que cada nova resolução acaba
gerando uma pergunta ainda mais difícil de responder. Eu só queria desligar o
meu radar, por uns dias. É, acho que tá começando a ficar difícil. Passei de
fase.
A vida me ensinou a
dizer adeus às pessoas que amo, sem tirá-las do meu coração; Sorrir às pessoas
que não gostam de mim, para mostrá-las que sou diferente do que elas pensam;
Fazer de conta que tudo está bem quando isso não é verdade, para que eu possa
acreditar que tudo vai mudar; Calar-me para ouvir; Aprender com meus erros.
Afinal eu posso ser sempre melhor. A lutar contra as injustiças; Sorrir quando
o que mais desejo é gritar todas as
minhas dores para o mundo. A ser forte quando os que amo estão com problemas;
Ser carinhosa com todos que precisam do meu carinho; Ouvir a todos que só
precisam desabafar; Amar aos que me
machucam ou querem fazer de mim depósito de suas frustrações desafetos; Perdoar
incondicionalmente, pois já precisei desse perdão; Amar incondicionalmente,
pois também preciso desse amor; A alegrar a quem precisa; A pedir perdão; A
sonhar acordado; A acordar para a realidade (sempre que fosse necessário); A
aproveitar cada instante de felicidade; A chorar de saudade sem vergonha de
demonstrar; Me ensinou a ter olhos para ”ver e ouvir estrelas”, embora nem
sempre consiga entendê-las; A ver o encanto do pôr-do-sol; A sentir a dor do
adeus e do que se acaba, sempre lutando para preservar tudo que é importante
para a felicidade do meu ser; A abrir minhas janelas para o amor; A não temer o
futuro; Me ensinou e está me ensinando a aproveitar o presente, como um
presente que da vida recebi, e usá-lo como um diamante que eu mesmo tenha que
lapidar, lhe dando forma da maneira que eu escolher.
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